O glifosato (comercializado pela Monsanto com o nome de Roundup) é
um herbicida de amplo espectro (mata tudo), muito utilizado na produção
agrícola.
A soja transgênica é resistente a esse herbicida e nisso consiste a
simplificação do manejo de "ervas daninhas" para o agricultor. Quando
foi lançada no mercado a propaganda dizia que o glifosato era inócuo e
biodegradável, portanto, inofensivo à saúde humana e ao meio ambiente.
Recentemente o Secretário do Ministério de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Sr. Amauri Dimarzio, repetiu essa afirmação. De acordo com
informações científicas recentes, a realidade é outra. O resíduo de glifosato
persiste no solo, na água e nos alimentos. Recentemente a Dinamarca
restringiu o seu uso pois foram constatados resíduos em água subterrânea.
Na degradação do glifosato um dos seus subprodutos – um metabólito –
chamado AMPA é mais nocivo que o próprio glifosato e foi encontrado em carpas
90 dias após a aplicação do herbicida.
Os produtos à base de glifosato são altamente tóxicos para pessoas e
animais. Entre os sintomas mais comuns citam-se irritação nos olhos e
pele, dor de cabeça, náuseas, entorpecimento, elevação da pressão
arterial, palpitações e alergias agudas e crônicas.
Estudos laboratoriais também detectaram efeitos adversos em todas as
categorias de testes toxicológicos:
Efeitos reprodutivos
Um estudo em Ontario, Canadá, detectou que o uso de glifosato pelos pais
acarretou aumento no número de abortos e nascimentos prematuros nas famílias
rurais. Estudos laboratoriais também demonstraram inúmeros efeitos do glifosato
sobre a reprodução. Redução dos espermatozoides em ratos; maior frequência de espermatozoides anormais e redução do peso fetal em coelhos. Mas recentemente,
na Argentina, estudos indicaram que as pessoas expostas a agrotóxicos têm a
quantidade de esperma abaixo do limite da fertilidade.
Carcinogenicidade
Maior freqüência de tumores no fígado de ratos e câncer de tireoide em ratas, tumores no pâncreas e fígado em ratos machos e do mesmo tipo de câncer da tireoide em fêmeas. Na Suécia, dois pesquisadores encontraram fortes indícios ligando exposição freqüente ao glifosato com o linfoma No-Hodking, uma espécie de leucemia.
Maior freqüência de tumores no fígado de ratos e câncer de tireoide em ratas, tumores no pâncreas e fígado em ratos machos e do mesmo tipo de câncer da tireoide em fêmeas. Na Suécia, dois pesquisadores encontraram fortes indícios ligando exposição freqüente ao glifosato com o linfoma No-Hodking, uma espécie de leucemia.
Mutagenicidade
Tanto o glifosato como os produtos à base de glifosato são mutagênicos – testes de laboratórios comprovaram alterações genéticas indesejáveis. Lesões em glândulas salivares, inflamações nas mucosas do estômago, danos genéticos (em células sanguíneas do corpo humano), e outros.
Tanto o glifosato como os produtos à base de glifosato são mutagênicos – testes de laboratórios comprovaram alterações genéticas indesejáveis. Lesões em glândulas salivares, inflamações nas mucosas do estômago, danos genéticos (em células sanguíneas do corpo humano), e outros.
Um recente estudo na UNICAMP demonstrou que 61% das intoxicações com
agrotóxico no Brasil, entre 1996 e 2000, são devido a manipulações
com glifosato.
Por isso que o Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos - CTA -
composto por técnicos do Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Saúde
através da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério de Agricultura
Pecuária e Abastecimento, a luz das recentes informações sobre o
glifosato, optou em não permitir o uso desse veneno até que se conclua qual a
quantidade de resíduo que pode ser tolerado no grão da soja que vai para
indústria e depois para a mesa do consumidor.
A recente decisão do CTA, em reunião realizado dia 9 de outubro de 2003,
indeferiu a solicitação de "autorização de uso emergencial do glifosato na
cultura da soja geneticamente modificada", a pedido do Ministério de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Pois segundo o relatório "não se
caracteriza como emergência fitossanitária", não se especifica "o
tipo de soja geneticamente modificada" e pela "inexistência de Limite
Máximo de Resíduo para a modalidade de aplicação de glifosato em pós-emergência
na cultura de soja geneticamente modificada".
Além da liberação indiscriminada da soja transgênica, agora, os mesmos,
querem o direito de banhá-la de veneno perigoso sem nenhum tipo de controle.
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