Páginas

sábado, 27 de novembro de 2010

Um assunto interessante e perturbador

COMBUSTÃO HUMANA ESPONTÂNEA

A combustão espontânea do corpo humano consiste de uma auto-inflamação seguida de uma combustão mais ou menos completa de um ser humano, sem causa reconhecível. Chama-se Spontaneous Human Combustion (SHC). Foi designada igualmente como pirocinesia e cons­ciência incendiária.

Diferentemente da inédia, mais particularmente circunscrita aos estáticos, esta misteriosa calamidade parece atingir pessoas absolutamente comuns. Ela faz parte de uma extensão futura da fisiologia.

Os casos de combustão espontânea são numerosos, perfeitamente autenticados e modernos. Como, na maioria dos casos, ela leva à mor­te, esses casos figuram nas atas da polícia e nas decisões da justiça.

A distinção entre a combustão e a inflamação espontânea, feita por certos autores, não é essencial. Os dois fenômenos podem estar ligados. A inflamação sem fonte próxima ao corpo poderia explicar-se, pois conhecemos os corpos que se inflamam espontaneamente no ar. O inex­plicável está mesmo na combustão da substância do corpo, que não é, normalmente, combustível. Esta reação desconhecida poderia levar à inflamação espontânea, unicamente pelo efeito exotérmico, sem a inter­venção de qualquer fonte externa.

Foram realmente registrados casos de pessoas capazes de desenvolver, na superfície do corpo, cargas de eletricidade estática podendo atingir 30.000 volts e provocar faíscas. Esse fenômeno poderia explicar a inflamação brusca, mas certamente não a combustão em si.


Os fatos

A combustão espontânea do corpo humano é conhecida há muito tempo. Em 1763, Jonas Dupont apresentou, em Lyon, uma tese de doutorado: De incendiis corporis humani spontaneis; ele foi o primeiro a tratar do assunto oficialmente. Vicq d'Azyr diz ter conhecido pessoalmente vários casos do fenômeno (Encyclopédie méthodiqué). Entre os trabalhos recentes, citamos: Firefrom Heaven or How Safe Are YOU from Burningl (Fogo do Céu ou o quanto VOCÊ está seguro de não queimar?), de Michael Harrison (1976).

Uma moça de dezenove anos, Maybelle Andrews, dançava com seu amigo Billy Clifford num night-club, de Sono, quando se viram chamas brotarem de suas costas, de seu peito e de seus ombros, atingindo seus cabelos. Ela morreu antes de chegar ao hospital. Billy, gravemente queimado tentando salvar sua amiga, explicou que não havia chamas nuas no local; elas pareciam brotar da própria garota (Shurmacher).

Phyllis Newcombe incendiou-se sem razão aparente e foi queimada diante de uma multidão, num dancing, em 1938.

O Sheffield Independent relata o caso de um empresário da construção, G. A. Sheferdson, que acenava para um grupo de operários os quais ultrapassava, de carro, quando estes o viram transformar-se repentinamente numa tocha humana.

Em outros casos recentes, pessoas foram queimadas parcialmente na cabine de seu caminhão, sem que se pudesse descobrir a menor causa para isto (A. F. Smith em Birkenhead, M. Éveillé em Arcis-sur-Aube). A eletricidade estática poderia ser invocada, mas não no caso de Maybelle Andrews, que estava dançando o watusi e cuja pele estava certamente coberta por uma fina película de suor. Aliás, os pneus de um caminhão não a isolam do solo?*

O caso célebre e particularmente bem estudado de combustão espontânea é o de Mary Hardy Reeser, de sessenta e sete anos, de Saint Petersburg (Flórida). No dia lo de julho de 1951, um forte cheiro de queimado desprendeu-se de seu apartamento. Sua porta, cujo trinco estava quente demais para ser tocado, foi forçada. O ar do apartamento estava extremamente quente. Havia um círculo de aproximadamente 120 centímetros de diâmetro, dentro do qual se encontravam uma certa quantidade de molas de assento, um montículo de cinzas e alguns restos do corpo. O chefe de polícia, J. R. Reichert, declarou: "Até onde podem ir as explicações lógicas, aí está uma das coisas que simplesmente não pode acontecer, mas aconteceu".

* Na realidade, é justamente o isolamento através dos pneus que propicia o acúmulo de eletricidade estática no caminhão, a qual não pode ser facilmente descarregada no solo. (N. da T.).


A condessa Cornelia Bandi de Cesena tinha sessenta e dois anos de idade quando queimou espontaneamente. O caso já é antigo, pois o Annual Register que o relata data de 1763, mas foi estudado pelo físico David Brewster. Os vizinhos perceberam uma fumaça amarelada, muito espessa, exsudando das janelas do quarto da condessa. Ao entrar, encontrou-se um monte de cinzas a 1, 50 metro da cama. Do corpo, só restavam as duas pernas e uma parte do crânio. O ar do quarto estava cheio de uma fuligem em suspensão, da qual os móveis estavam cobertos; esta fuligem era úmida e colante e exalava um odor fétido. Nem os móveis nem o assoalho haviam sido danificados; apenas as duas velas de sebo sobre a mesinha de cabeceira haviam derretido, mas os pavios estavam intactos.

Curiosa combustão! O assoalho não se inflama, as meias permanecem intactas, assim como os pavios, o que indica uma temperatura não excedendo 120°C. Por outro lado, os ossos foram reduzidos a pó, o que exigiria uma temperatura de pelo menos 1.300°C, que teria provocado o incêndio geral do aposento, tanto quanto uma bomba incendiária. Por outro lado, ainda, a fuligem flutuante é característica das combustões incompletas a baixa temperatura, com uma oxidação insuficiente; e a fumaça amarela semilíquida, ou seja, pesada e compacta, é aquela das destilações a baixa temperatura.

O célebre médico Vicq d'Azyr relata, na Encyclopédie méthodiqué, que conheceu vários casos semelhantes, onde só restaram algumas partes ósseas.

Quando a SHC era ainda desconhecida, ao presenciar um corpo assim queimado, a polícia e a justiça só podiam concluir que se tratava de um crime. O caso seguinte é, sem dúvida, o primeiro em que o médico conseguiu convencer os magistrados do contrário e salvar o acusado.

Em 1725, uma certa Sra. Millet, mulher de um padeiro de Reims que se embebedava todos os dias, foi encontrada consumida entre uma masseira e uma salgadeira, que não tinham quaisquer marca de fogo. Do corpo só restaram as pernas e algumas vértebras. O assoalho estava queimado 50 centímetros ao seu redor.

Para a infelicidade de Millet, a casa era cuidada por uma empregada muito bonita. O caso, evidente para os juizes, foi conduzido eficazmente e Millet, condenado. A corte de apelação, mais esclarecida, reconheceu os fatos da combustão espontânea e Millet foi absolvido. Nem por isso deixou de ficar arruinado; ator­mentado pela tristeza, foi reduzido a terminar seus dias no hospício.

Combustão espontânea com pequenas chamas

A combustão espontânea com grandes chamas, que acaba por queimar o corpo tão completamente que até mesmo os ossos são reduzidos a cinzas talvez seja de natureza diferente: trata-se de pequenas chamas azuis elevando-se na superfície do corpo e que não se deixam apagar. O caso seguinte é relatado por Lecat.

Em 1749, em Plerguer-par-Dob, uma certa Sra. Boiseon, de oitenta anos, muito magra e que, havia vários anos, só bebia aguardente, estava sentada em sua poltrona diante do fogo, quando a camareira a encontrou queimando. Com seus gritos, as pessoas acorreram e alguém quis abafar a chama com a mão, mas o fogo passou para ela, como se a mão estivesse encharcada em álcool inflamável. A velha senhora foi molhada com água, mas o fogo pareceu ativar-se. Da vítima só restou um esqueleto enegrecido, do qual uma perna e as mãos se soltaram; a poltrona ficou apenas chamuscada.

Essa impossibilidade de apagar com água as pequenas chamas de SHC, que foi constatada em diversos outros casos, indicaria uma reação interna fornecendo, ao mesmo tempo, o combustível e o comburente, à maneira dos explosivos químicos. A menos que a explicação esteja situada completamente fora dos domínios conhecidos da química.

O Dr. Richond relata que, em 1927, M. D., de vinte e quatro anos de idade, magro e muito sóbrio, queixou-se, uma noite, de fortes dores nas mãos, a ponto de urrar de dor. Os vizinhos que acorreram viram suas mãos cobertas de chamas azuis. Aspersões de água fria de nada adiantaram. Com as mãos cobertas de lama de cuteleiro, ele correu ao médico. As mãos estavam vermelhas e inchadas e uma espécie de fuma­ça ou vapor elevava-se delas. Dentro da água fria as chamas se apagavam, mas reapareciam espontaneamente após alguns minutos. A água, na qual ele mantinha as mãos, aquecia-se; quando ele retirava as mãos da água, uma espécie de gordura escorria sobre os dedos e as chamas reapareciam. O fenômeno finalmente regrediu e o doente recuperou-se de suas queimaduras três semanas mais tarde.

M. H., professor de matemática na Universidade de Nashville, Tennessee, voltava para casa num dia de inverno de 1835, quando sentiu uma dor aguda e viu uma chama de várias polegadas de altura surgir de sua perna. Bateu nela com a palma das mãos, sem qualquer efeito. Ele conseguiu apagar a chama isolando-a com a ajuda das mãos em con­cha. Encontrou um pequeno buraco na roupa de baixo, mas a calça per­maneceu intacta. A queimadura levou muito tempo para cicatrizar.

Ao conjunto das características anormais da combustão espontânea é preciso acrescentar a da insensibilização das vítimas. Foi assim que um fazendeiro britânico encontrou sua empregada varrendo tranqüila­mente, enquanto as chamas elevavam-se de suas costas (ele conseguiu apagá-las). Por outro lado, a Sra. Madge Knight queimou em sua cama, lançando gritos horríveis e acabou morrendo no hospital. As cha­mas elevavam-se de suas costas. Em 1939, um bebê de onze meses mor­reu de maneira idêntica em seu berço. Os lençóis sequer escureceram.


Teorias e explicações

A combustão espontânea do corpo humano permanece absolutamente misteriosa, pois contradiz as leis conhecidas da física, da química e da fisiologia.

Teoricamente, o corpo humano é combustível: um combustível de má qualidade, contendo 80% de água. Entretanto, para inflamar-se e continuar a queimar, além do combustível e do comburente (oxigênio), é preciso ainda que o combustível seja levado a uma temperatura sufi­ciente (estas três condições formam o "Triângulo dos bombeiros")- A terceira condição não está presente, aqui. É esta a razão que faz com que não possamos inflamar um bife e nem atear fogo a um tronco de árvore com um fósforo. Os amontoados de cadáveres puderam ser queimados durante as epidemias e nos campos de morte, mas só depois de criar-se um calor suficiente, com a ajuda de carvão e de óleo.

As experiências diretas mostraram que, para queimar inteiramente um cadáver, são necessários aproximadamente 200 quilos de madeira. Além disso, os ossos permanecem inteiros, ao passo que na SHC eles são destruídos.

Aventou-se uma eventual combustibilidade particular dos tecidos saturados de álcool dos" grandes bebedores. Muitas vítimas da SHC eram, de fato, beberrões. Mas esta hipótese é contrariada pêlos fatos: os teci­dos só podem dissolver quantidades extremamente reduzidas de álcool (um bife mergulhado longamente no álcool não queima). O sangue po­de dissolver algumas gramas por litro, o que de modo algum o torna combustível. Este álcool elimina-se muito rapidamente pela respiração e pela urina.1 Os gases combustíveis podem acumular-se em certas cavidades do corpo (um açougueiro teve o rosto queimado ao abrir um boi), mas nunca num ser vivo. A pequena chama azul faz pensar no hi­drogênio, embora não se conheça qualquer reação capaz de produzir este gás no corpo.

De acordo com Dupuytren e Liebig, as tentativas de reduzir a com­bustão espontânea a um conjunto de fenômenos naturais limitam-se a combinar os efeitos da combustão do álcool e das gorduras. A experiência não confirma esta possibilidade.

Stevenson e Gaddis propuseram a formação, nos tecidos, de certas substâncias particularmente combustíveis — talvez fosfagênios. Esta li­nha de pesquisa está em contradição com o fato fundamental da cons­tância da energia química potencial de um sistema fechado. Se alguma substância particularmente exotérmica se formasse a partir dos tecidos

l. Mesmo se a taxa de álcool no sangue ultrapassasse os níveis máximos registrados, a dose mortal seria atingida e a pessoa seria fulminada antes de atingir o limite. (N. do A.)


do corpo, ela queimaria melhor, mas outras, formadas ao mesmo tem­po, queimariam com dificuldade ainda maior. A lei fundamental da con­servação da energia, uma das bases do Universo, indica que os dois efeitos se compensariam. Melhor dizendo, nenhuma transformação interna pode fazer com que um mau combustível se torne um bom combustível.

Admitir uma "diátese particular" das vítimas da SHC significa não explicar absolutamente nada. Admitir uma causa geral e explicar, efetivamente, são coisas totalmente diferentes.

Entre as vítimas da combustão espontânea, encontramos uma pro­porção elevada de mulheres idosas, sedentárias, gordas e que bebiam muito. Mas a lista compreende também pessoas jovens, em boa saúde e que não bebiam, o que torna particularmente precária a explicação pela combustão do álcool e das gorduras do organismo. As listas das vítimas mostram, igualmente, uma proporção anormal de eclesiásticos.

Acrescentamos a estas relações incompreensíveis a relação entre a SHC e a atividade magnética do sol. O fato é que, quando se transfere para um gráfico a curva periódica desta atividade, constata-se que os casos de SHC ocorrem preferencialmente nos picos da curva. Este fato poderia indicar que a explicação se encontra fora do domínio clássico e poderia passar pelo estudo das estruturas magnéticas do corpo, estruturas que os clássicos ignoram totalmente, mas que encontraremos nu­ma grande parte dos fatos expostos neste livro, sob a qualificação de sutis. A pequena chama azul indica nitidamente uma causa interna, completamente diferente de uma oxidação pelo oxigênio do ar.A fumaça amarela ou negra, a fuligem gordurosa, os odores empi-reumáticos indicam de fato uma combustão lenta, mas uma combustão lenta do tipo conhecido deveria, justamente, ter podido ser apagada facilmente. Estas reações lentas são, portanto, secundárias.A característica certamente mais estranha da combustão espontânea é a não-propagação do fogo aos objetos circundantes. Enquanto são encontrados no centro do aposento um monte de cinzas e os ossos redu­zidos a pó, em vez de um incêndio geral observa-se que permanecem in­tactos os móveis próximos, as roupas de cama e as do corpo!

Combustão espontânea pontual

Para conciliar a coexistência paradoxal de uma temperatura muito alta com uma ação térmica muito fraca sobre os objetos circundantes, propomos uma hipótese de trabalho que tem o mérito da simplicidade.

A estrutura astral do corpo (o corpo sutil) é material. Ela é organizada, portanto, constituída de elementos discretos, unidos por ligações análogas a forças de valência. Estas estruturas, sendo de natureza física (aparentemente magnética), têm, forçosamente, uma esfera de estabilidade própria, fora da qual são destruídas. Apesar da nossa total igno­rância sobre sua constituição precisa, podemos afirmar que esta destrui­ção é acompanhada de um desprendimento de energia, aquela que asse­gurava a estabilidade da estrutura e cujo valor corresponde a esta estabilidade.

Uma tal destruição, iniciada por uma desestabilização local, pode­ria proceder progressivamente de um elemento magnético ao outro, des­truindo, ao passar, o tecido orgânico correspondente. O calor desprendido teria origem pontual*, resultando numa temperatura elevada, mas, ao mesmo tempo, em quantidade muito pequena, o que permitiria que sua dissipação ocorresse simultaneamente à sua produção: teríamos aí a explicação possível para uma temperatura muito elevada, tendo ape­nas uma ação térmica localizada reduzida1.

O exemplo de uma reação de propriedades análogas é fornecido pelo urânio, espontaneamente radioativo, que se encontra nos esmaltes cerâ­micos, reagentes químicos e vidros. Ora, este elemento é radioativo e seus átomos destroem-se espontaneamente, o que não apresenta qual­quer perigo. Estas explosões são, no entanto, as mesmas que na bomba de Hiroshima: é suficiente acelerar a reação, com as conseqüências que se conhecem.2 A destruição progressiva da matéria por elementos dis­cretos seguiria, na SHC, uma via análoga.

Uma variante, talvez mais simples, desta hipótese é a combustão que ocorreria pontualmente, com uma temperatura suficiente para des­truir os tecidos moles: 400°C seriam suficientes. No que concerne a des­truição dos ossos, seria suficiente que as ligações químicas da parte mi­neral do esqueleto fossem afetadas pela destruição da estrutura astral. Uma tal reação é posta em evidência, por exemplo, na cirurgia "psi": tudo aí se explica, admitindo-se que o operador corte apenas a estrutura astral, seguindo-se o afastamento dos tecidos físicos, como se estives­sem sendo cortados, também; mas eles tornam a soldar-se instantaneamente, assim que as bordas da incisão são reaproximadas. Na combustão espontânea, não havendo reconstituição do corpo astral, os elementos do osso não podem mais se reestruturar e permanecem sob a forma de pó mineral.

Harrison atribui a SHC a mesma origem de certas febres inexplicáveis: ela seria bioplasmática, ou seja, astral (Fire from Heaveri).

* Pontual: que pode ser assimilado a um ponto. (N. da T.)

1. O calor irradia proporcionalmente à quarta potência da temperatura absoluta. (N. do A.)

2. A elevação da massa ativa provoca a precipitação da reação. (N. do A.)


Conclusões

A combustão espontânea do corpo humano, da qual temos nume­rosos exemplos modernos, não pode ser explicada pelas leis conhecidas da física, da química, da fisiologia. Nós não compreendemos nem co­mo esta reação começa nem como ela pode prosseguir.

O corpo humano é combustível, algo como um combustível muito ruim, mas o cálculo das calorias não leva a nada. Para que um fogo possa manter-se e propagar-se, é preciso um combustível, um comburente e uma temperatura suficiente. As árvores queimam bem, mas não se pode acender um tronco de árvore com um fósforo.

A temperatura desta combustão constitui, também, um enigma. De um lado, encontramos freqüentemente que o fogo reduziu os ossos a pó, o que exige uma temperatura de 1.500°C, a de um alto-forno. Por outro lado, o fogo só raramente se comunica aos objetos circundantes. Esta temperatura muito baixa é confirmada, em certos casos, por todas as características de uma destilação lenta das matérias orgânicas (caso Cesena).

Poderíamos pensar numa combustão em temperatura extremamente elevada, que se faria pontualmente, à maneira de uma decomposição radioativa; assim, haveria uma destruição local da matéria, mas sem uma elevação global de temperatura, capaz de iniciar uma combustão exotérmica.

A hipótese de uma reação interna sem fornecimento de comburente externo seria confirmada pela observação repetida de uma pequena chama azul surgindo na superfície do corpo, resistindo à água e pare­cendo prender-se aos objetos em contato com ela. Esta reação seria suscetível de se transformar numa reação de grandes chamas, seja por uma aceleração da reação, seja por dar início a um outro mecanismo.

O sítio destas reações poderia ocorrer no corpo hiperfísico, o que explicaria as diferentes particularidades deste fenômeno.

Nenhum comentário: